sexta-feira, 1 de abril de 2011
O puzzle! :'x
Em tom magoado e sangrento, saro as feridas, tentando esconder as cicatrizes, talvez não esteja mal por saber que as criei, mas da forma como cresceram e terrível será, saber que ficaram marcadas para sempre no meu corpo; Mesmo que me habitue (coisa difícil) elas continuaram lá, mesmo que passe todo tempo do mundo; A coisa mais horrível é ao olhar para elas me vir a história (de novo) à memoria, estranha a forma em que quando me tento lembrar do puzzle ainda há peças (mesmo com o tempo) que não encaixam bem, tentando fazer pressão, à consequência de acabar a partir o encaixe, tentando apressar o processo de adaptação... Em tudo que se tem vindo a passar, existem as tais peças, que, por mais esforço que tente fazer, criam uma enorme confusão na minha cabeça, por isso tento sempre esvaziar a mente desses pensamentos deprimentes e confusos... Sem ter fim positivo, sem o que desejava, mas sempre deu para desviar todos os pensamentos e os guardar numa gaveta cerrada a sete chaves, para mais tarde a abrir e entender tudo que terá acontecido mesmo em frente aos meus olhos, mas não aceitei, e fechei os olhos às lágrimas, não crendo no acontecimento triste e devastador! Agora, depois de ter aberto a gaveta de novo entendo tudo perfeitamente; Vivi por alguém; Não o desejo nem ao meu pior inimigo, gera no ser humano um sentimento de dependência, nem quero lembrar mais, quero esquecer, tudo que aconteceu, não tenho tenho raiva do desenlace, mas sim, da forma como tudo aconteceu. Tento esconder a minha dor, pois a verdade, é que ela existe, mas eu nunca gostei de dar a parte fraca, detesto que olhem para mim (a chorar) e lhes dar pena, detesto que me olhem com solidariedade. Posso estar me julgando forte, criando uma muralha em torno do meu coração, assim nada nem ninguém poderá entrar nem roubar a minha independência nem a minha tristeza, sim a minha tristeza, infelizmente, é tudo que poderei guardar de ti, mas não sei se é instinto humano ou tendência para o fazer, mas a verdade é quando o homem está mal, agarra-se apenas á dor!; uma coisa estranha, pois teria (obviamente) coisas boas para lembrar, mas a verdade é que só lhe vem à mente a tristeza e o «como tudo poderia ter sido diferente»! É a pura das verdades, mas prefiro recordar as coisas más a estar agarrada a uma ilusão, sim ilusão, tudo que vivemos foi bom, claro, mas uma fantochada que por vezes, em vez de chorar, me dá até vontade de dar uma bela de uma gargalhada; Mas ela não sai pois, já nem sei se sei saber rir, à algum tempo que não riu como antes, me faria até bem, visto que a cara séria não me abandona nem por nada (...) visto bem a expressão da minha face ou a vontade de continuar são irrelevantes mesmo, pois a dor não sai nem por nada; Houve até uma fase em que vivias por mim, e dizias todas aquelas frases feitas em que eu caia, de olhos fechados: Fui feito para ti, nasci por ti, vivo por ti, e acabarei morrendo por ti!; cheguei mesmo a questionar a mim mesma «Deverei mesmo acreditar?»; Acabei a dar razão à minha própria consciência, sei e acredito que vivi uma ilusão, não tenho orgulho nisso, mas também não me culpo por me ter apaixonado. Nunca me culpei, e jamais me culparei, foi um erro, nunca poderei dizer que não o voltarei a repetir outra vez, apenas não me darei tanto ao que não acredito, não fecharei os olhos à realidade, mas ao dizer isto, não seria o mesmo que dizer que não me voltarei a apaixonar? Duvido disso, por isso, não comentarei, visto que não sei nem compreendo! Com o «PUZZLE» aprendi a não criar grandes expectativas em cima de grandes pessoas pequenas, pois ao passar do tempo as expectativas irão crescer e as pessoas iniciais desaparecer; Aprendi a amar, não aquele que amo, mais sim aquele que amo ter perto de mim; Aprendi que a minha atitude na vida é consequência daquilo que se passa dentro de mim, não o que se passa em torno de mim; Aprendi que (quase) todos sabem o meu nome, mas raros conhecem a minha história! ;x
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